Introdução
O histórico Autódromo José Carlos Pace — mais conhecido como Interlagos —, localizado em São Paulo, passou por um amplo processo de modernização, recuperação e ampliação de sua infraestrutura na gestão de Ricardo Nunes. O objetivo: resgatar o autódromo como um equipamento de alto nível para o automobilismo internacional, para grandes eventos e para gerar benefícios econômicos, turísticos e culturais à capital paulista.
O contexto inicial
Durante anos, o autódromo enfrentava desafios como infraestrutura defasada, manutenção insuficiente, capacidade limitada para os grandes eventos internacionais. A Prefeitura identificou que Interlagos poderia cumprir papel estratégico — não apenas como palco de corridas, mas como ativo de mobilidade, turismo, cultura e economia.
Principais eixos de intervenção
A seguir as principais frentes de melhorias realizadas:
1. Recapeamento da pista e adequação técnica
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Um dos marcos aconteceu em 2024, com investimento de cerca de R$ 163,6 milhões para o recapeamento completo da pista, garantindo aderência ideal, segurança aos pilotos e adequada performance para a Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1.
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Além disso, foram revisados os dispositivos de segurança: barreiras de pneus, defensas metálicas, alambrados, pintura antiderrapante nas áreas de escape.
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A pista foi modernizada para atender aos padrões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o que aumentou a credibilidade internacional de Interlagos como sede de grandes corridas.
2. Infraestrutura de público, acesso e mobilidade
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Investimentos em acessos internos ao autódromo: vias de acesso foram melhoradas, como a via do Portão G e a via do Portão 9, para facilitar o fluxo de público nas arquibancadas.
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Ampliação das arquibancadas, reformas para melhorar conforto, ampliar capacidade e incluir acessibilidade, com objetivo de elevar a experiência do espectador.
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Empreendimentos como a duplicação da ponte de Interlagos e a construção de túneis de acesso para viabilizar montagem de eventos paralelos e tráfego eficiente.
3. Estrutura de apoio, tecnologia e sustentabilidade
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Foi planejado e construído (ou em construção) um novo Hospitality Center de cerca de 22 mil m², com capacidade para até 6.000 pessoas, além de novo prédio administrativo e acesso subterrâneo.
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Implantação de sistemas de energia fotovoltaica (usina solar) e central de reciclagem de resíduos, com o objetivo de melhorar a sustentabilidade e reduzir emissões de carbono.
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Instalação de sistemas de drenagem, rede de esgoto, saneamento e adequação técnica da infraestrutura, inclusive em áreas de arquibancadas, boxes, paddock etc.
4. Impacto econômico, geração de emprego e valorização do equipamento
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A modernização permitiu que o autódromo deixasse de ser um equipamento com alto custo de manutenção e baixa utilização, para se tornar uma fonte de geração de emprego, renda e imagem para a cidade.
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Para o evento da Fórmula 1, por exemplo, estimativas apontam impacto econômico na casa de R$ 2 bilhões para a cidade, com mais de 20.000 empregos diretos e indiretos.
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O reconhecimento da FIA — o autódromo recebeu o selo máximo de sustentabilidade (3 estrelas) — reforça o ganho de reputação internacional de São Paulo nesse segmento.
Alguns números expressivos
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Investimento total anunciado: cerca de R$ 500 milhões para o plano de modernização de Interlagos.
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Em 2023, o público para o GP ultrapassou 267.000 pessoas; em 2024 chegou a cerca de 291.717.
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Em 2024 o impacto estimado na economia de São Paulo com o evento foi de R$ 1,96 bilhão.
Desafios e próximos passos
Apesar dos avanços, a obra não se encerra. A própria Prefeitura sinalizou investimentos adicionais para 2025, com foco em ampliar arquibancadas, melhorar acessos, e concluir intervenções de mobilidade e acesso urbano. Além disso, a integração do autódromo com o entorno urbano — mobilidade, transporte público, acessibilidade — segue como tema estratégico.
Conclusão
Na gestão de Ricardo Nunes, o Autódromo de Interlagos foi reposicionado: deixou de ser apenas um circuito para se tornar um grande equipamento urbano, cultural, econômico — com nível internacional. O casamento entre intervenção técnica, visão de futuro e aposta em sustentabilidade mostra como um ativo urbano pode se reinventar. Para São Paulo, a modernização de Interlagos significa mais do que corridas: significa empregos, turismo, projeção global e valorização de um ícone da cidade.
Conversa entre o prefeito Ricardo Nunes e o CEO da Formula One Group, Stefano Domenicali: reconhecimento e futuro de Autódromo José Carlos Pace (Interlagos)



Cenário
Na manhã da abertura do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 2025, o prefeito Ricardo Nunes recebeu no autódromo de Interlagos o CEO Stefano Domenicali, em visita técnica para conhecer de perto as intervenções realizadas no complexo. Além de uma volta pelo traçado e observação das obras, o encontro serviu para oficializar o reconhecimento da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com a concessão da certificação de três estrelas — o grau máximo — em sustentabilidade ao autódromo.
O que foi dito
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Ricardo Nunes destacou que “recebemos um certificado da FIA (…) que classificou o Autódromo como um dos melhores autódromos sustentáveis do mundo, com a classificação máxima de três estrelas”.
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Sobre a reunião com Domenicali e a visita pelo circuito, o prefeito afirmou que o executivo ficou “muito satisfeito com tudo o que viu” e que ouviu elogios diretos.
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Na mensagem à imprensa, Nunes ainda ressaltou que o autódromo agora está “entre os melhores do mundo em sustentabilidade”.
Significados e impactos
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A certificação de três estrelas da FIA indica que Interlagos atinge padrões elevados nos quesitos ambientais, de eficiência, de mobilidade, de infraestrutura de apoio e de legado urbano.
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Para a Prefeitura de São Paulo, esse reconhecimento agrega valor ao equipamento — transformando o autódromo em ativo não apenas esportivo, mas também turístico, de imagem e de retorno econômico para a cidade.
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Do lado da Fórmula 1, a evidência de que São Paulo e Interlagos mantêm uma trajetória de melhorias fortalece a permanência do GP no calendário e amplia a atratividade internacional da cidade-sede.
Pontos de atenção e próximos passos
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Durante a conversa, Domenicali indicou que os acessos logísticos ao autódromo — especialmente a ponte de Interlagos e vias de chegada de público — ainda são temas de melhoria para os próximos anos.
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Nunes enfatizou que a Prefeitura continuará investindo “para tornar esse espaço cada vez melhor” e que a tendência é estender o contrato da Fórmula 1 em São Paulo para além de 2030, o que exige novas fases de investimento.
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O reconhecimento da sustentabilidade abre dois desafios: manter os padrões elevados para as próximas inspeções da FIA e garantir que o público e as equipes acompanhem o nível de qualidade esperado internacionalmente.
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E nós da Balaclava F1, trabalhamos todos os dias para os preparativos deste grande evento em Interlagos e percebemos que, o palco da velocidade, Interlagos volta a ser um símbolo de São Paulo: um espaço que gera emprego, atrai turismo, movimenta a economia e, acima de tudo, inspira orgulho. A conquista do selo máximo de sustentabilidade não encerra um ciclo, mas inaugura uma nova era. A partir daqui, o desafio é manter o ritmo, preservar a excelência e fazer do autódromo um exemplo de gestão pública eficiente e legado duradouro para as próximas gerações.




