O GP DE LAS VEGAS 2025, FOI MAIS DO QUE UMA CORRIDA. FOI UM ESPETÁCULO DE LUZ, VELOCIDADE E EMOÇÃO

Na arquibancada, o GP de Las Vegas é outra história.

O Rugido Noturno de Las Vegas: Meu relato direto da arquibancada do GP de 2025 — e da cidade tomada pelos fãs

Las Vegas, 2025 — Muito antes do ronco dos motores ecoar pela Strip, a cidade já anunciava que algo extraordinário estava prestes a acontecer. Desde o momento em que pisei em Las Vegas, a sensação era a de que cada esquina, cada hotel e cada multidão vibrava no ritmo da Fórmula 1. Bandeiras, bonés, camisetas, filas, grupos animados — a cidade inteira parecia vestir um uniforme não oficial do grande espetáculo.

A cidade dominada pelas cores das equipes

Nos dias anteriores à corrida, Las Vegas lembrava uma espécie de parque temático da F1. Era impossível caminhar sem esbarrar em torcedores conversando animadamente sobre estratégias, clima, pneus, favoritismos.
No trajeto entre os hotéis da Strip, os fãs se espalhavam pelos cassinos, criando cenas inusitadas: pessoas jogando blackjack com luvas de equipe, torcedores entrando em restaurantes temáticos improvisados, grupos inteiros posando com réplicas de carros montadas em calçadas.

O vai-e-vem era constante. Uma verdadeira procissão moderna rumo ao templo da velocidade.

A jornada até a arquibancada

No dia da corrida, o deslocamento já era parte do espetáculo. A cidade, normalmente caótica, ganhou um ritmo próprio: táxis, ônibus, carros particulares e grupos a pé seguiam quase em uníssono em direção ao circuito.
Eu segui junto à corrente humana que tomava as passarelas e avenidas — era como caminhar dentro de um mar colorido, com ondas de fãs de todas as partes do mundo. Espanhóis vibrantes, britânicos que pareciam narradores profissionais de tão empolgados, brasileiros que sempre transformam qualquer evento em festa.

As ruas fechadas para a prova obrigavam os turistas a caminhos alternativos, e isso só aumentava o sentimento de jornada. Era comum ouvir conversas, risadas, trocas de palpites, gente pedindo informação, vendedores ambulantes oferecendo de tudo — de água a mini capacetes.

E cada passo mais próximo do circuito aumentava o som: primeiro música, depois anúncios, e enfim o rugido grave e inconfundível dos motores nas sessões de aquecimento.

O impacto de chegar à arquibancada

Sentado na arquibancada, percebi que a energia ali era completamente diferente do restante da cidade. Se antes Las Vegas fervilhava no estilo “festa”, ali o clima era de concentração total.
A vista era hipnotizante: luzes da Strip à direita, torres dos hotéis cintilando ao fundo e, no centro, o circuito brilhando como se fosse feito de neon líquido.

Quando os carros se posicionaram no grid, parecia que todos na arquibancada prenderam a respiração ao mesmo tempo.

A corrida — vivida com o corpo inteiro

O apagar das luzes… o rugido… e a explosão coletiva.
O som batia no peito como uma onda. O vento deslocado pelos carros vinha em rajadas rápidas, como se cada passagem roubasse um pouco do ar ao nosso redor.

Da arquibancada, os momentos mais eletrizantes eram intensificados:
— cada disputa corpo a corpo arrancava gritos involuntários;
— cada travada de pneu gerava espanto;
— cada ultrapassagem parecia acontecer a poucos metros de nós.

No trecho da Strip, os carros surgiam como dardos luminosos. A velocidade era tão absurda que a visão tinha que se esforçar para acompanhar — e, mesmo assim, era comum ouvir um “meu Deus, passou!” bem ao lado.

A volta para a cidade — o pós-show que só Vegas sabe fazer

Se a ida ao circuito era uma procissão, a volta era um carnaval.
Com o fim da corrida e o céu tomado por fogos, a multidão começou a se espalhar novamente pela Strip. As ruas ganharam vida própria: torcedores comemorando, bares lotados transmitindo os melhores momentos, gente cantando hinos de equipes, motoristas tentando cortar caminhos impossíveis.

E eu ali, caminhando de volta, ainda com o eco dos motores na cabeça e a sensação de ter vivido algo que só Vegas poderia entregar: um espetáculo imenso, exagerado, brilhante e completamente inesquecível.

O GP de Las Vegas de 2025 não foi apenas uma corrida.
Foi a fusão perfeita entre o caos organizado da Fórmula 1 e o caos festivo da cidade que transformou o impossível em rotina.

E estar na arquibancada — depois de seguir o fluxo dos fãs, a vibração das ruas e a energia quase elétrica da cidade — transformou tudo em uma experiência que ficará marcada para sempre.

E poder compartilhar toda está emoção para os nossos amigos (as) leitores, é muito gratificante. Aceleraaa com a gente, Balaclava F1.

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