A BATALHA DE AYRTON SENNA E ALAIN PROST; SUZUKA 1989

A batalha entre Ayrton Senna e Alain Prost em Suzuka, em 1989, é considerada um dos momentos mais intensos e polêmicos da história da Fórmula 1. A rivalidade entre Senna e Prost era notória, e eles competiram como companheiros de equipe na McLaren em 1988 e novamente em 1989.

A corrida em Suzuka ocorreu durante a penúltima etapa do campeonato de 1989. Senna, que estava em segundo lugar no campeonato, estava determinado a vencer para se manter na disputa pelo título contra Prost, que liderava o campeonato. A situação ficou tensa porque, no ano anterior, Senna e Prost se envolveram em um acidente controverso na mesma pista, que resultou na vitória de Prost e na perda do campeonato por Senna.

No início da corrida em Suzuka, Prost largou na pole position, mas Senna conseguiu ultrapassá-lo na primeira curva, assumindo a liderança. No entanto, a corrida foi interrompida devido a um acidente e reiniciada com uma nova largada. Dessa vez, Prost assumiu a liderança e Senna estava atrás dele.

Quando os dois pilotos chegaram à chicane no final da reta dos boxes, Senna tentou ultrapassar Prost pelo lado de dentro, mas Prost fechou a porta, resultando em um acidente. Ambos os carros saíram da pista, e Prost foi forçado a abandonar a corrida, enquanto Senna conseguiu voltar à pista com a ajuda dos fiscais.

Apesar do incidente, Senna conseguiu continuar na corrida após uma troca de peças em seu carro e partiu em busca da vitória. Ele ultrapassou vários adversários e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. No entanto, sua vitória foi controversa, pois os comissários de prova consideraram que Senna não voltou corretamente à pista após o acidente com Prost, e o desclassificaram da corrida.

Essa batalha em Suzuka em 1989 é lembrada pela rivalidade intensa entre Senna e Prost, e também pela polêmica decisão dos comissários de prova. O incidente aumentou ainda mais a tensão entre os dois pilotos e se tornou um dos momentos icônicos da Fórmula 1.

A decisão do Jean-Marie Balestre, na corrida de Suzuka em 1989, foi extremamente controversa e amplamente criticada. Balestre era o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na época e desempenhou um papel importante na decisão final sobre a punição de Ayrton Senna.

Após o acidente entre Senna e Prost, os dois pilotos foram chamados para se explicarem aos comissários de prova. A princípio, os comissários concordaram em punir Senna com uma desclassificação. No entanto, Balestre, que tinha uma relação próxima com Prost e era conhecido por suas simpatias por pilotos franceses, interveio e reverteu a decisão dos comissários.

Balestre alegou que Senna havia retornado à pista de acordo com as regras, mesmo que em um local diferente do ponto de saída. Ele argumentou que a decisão de desclassificar Senna era injusta e favoreceria Prost na disputa pelo campeonato. Assim, Balestre decidiu que Senna seria declarado o vencedor da corrida.

Essa decisão causou uma enorme controvérsia e gerou críticas de muitos fãs, pilotos e equipes de Fórmula 1. Acredita-se que a intervenção de Balestre tenha sido motivada por sua preferência pessoal por Prost e pelo desejo de manter a disputa pelo campeonato em aberto até a última corrida.

A controvérsia em torno da decisão de Balestre em favor de Senna em Suzuka 1989 contribuiu para a tensão entre Senna e Prost, além de aumentar a percepção de parcialidade e falta de imparcialidade nas decisões da FIA. Essa batalha entre os dois pilotos e as ações de Balestre em Suzuka são lembradas como um dos momentos mais controversos e dramáticos da história da Fórmula 1.

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