Ele nasceu ás 2: 35 da manhã de 21 de março de 1960, no hospital Pro Matre, em São Paulo, filho de Milton e Neyde Senna da Silva, e foi batizado AYRTON SENNA da SILVA. Sua irmã, Viviane, nascera dois anos antes, e o irmão Leonardo, viria depois.
Senna decidiu, em 1982, tirar o SILVA do nome, pois estava no processo de se estabelecer e sentiu que, como havia muitos Silvas no Brasil, seria mais fácil destacar-se deles com outro nome. Daí o nome que o mundo conhece: SENNA.
A família tinha outro nome pra ele: BECO.
E aqui a história. Ele foi primeiro apelidado de Caneco, mas ninguém da família se lembra porque ele ganhou esse apelido. É um mistério, dizem eles. Quando eram pequenos, Ayrton e Viviane brincavam muito com uma prima que não conseguia dizer, Caneco direito, e encurtou para Beco. O apelido pegou.
Desde o começo, ele estava no rumo que o levaria ás pistas; quando fez quatro anos, convenceu Milton a construir um pequeno kart para ele. Vamos falar do kart em um instante.
Poderia ter sido uma dessas fases passageiras- como trenzinhos de brinquedo, coleções de figurinhas, equitação ou aulas de piano- pelas quais as crianças passam naturalmente na sua jornada rumo á vida adulta. Poderia ter sido, mas não foi.
Conforme Milton trabalhava no kart e o pequeno Beco observava atentamente, a própria história do automobilismo começava a mudar, na mente do menino, nascia uma paixão.
Refletindo sobre isso, muitos anos depois, Senna explicou sua filosofia, a única motivação que podemos ter para conduzir esta paixão, esta determinação, é, em primeiro lugar e mais importante de tudo, acreditar que podemos vencer. Não precisamos de mitos. Precisamos de exemplos para seguir- exemplos de coragem, de determinação, de esperança. Precisamos apenas acreditar não só que é possível vencer, mas que é nosso dever lutar por isso. A paixão começou ao ver aquele kart.