Ele ainda está aqui também no Instituto Ayrton Senna, algo absolutamente único para qualquer esportista, pois não está centrado em torno de uma carreira, nem mesmo é o reflexo direto desta, mas usa o poder do nome para dar esperança a crianças e jovens de baixa renda de todo país.
Ele acreditava profundamente que devemos dar uma oportunidade a todo mundo, pelo menos uma oportunidade básica.
Sua irmã, Viviane, descreve o instituto como uma das maiores vitórias do Ayrton, e certamente isso é verdade.
A família conta os antecedentes. Senna tinha um relacionamento de orgulho e amor com o Brasil. Depois de cada vitória, ele sempre reafirmava em público esse relacionamento ao acenar com a bandeira do Brasil do cockpit do carro ou do pódio. Ele mostrou ao mundo a importância que dava ás suas raízes- e a consideração que tinha pelos conterrâneos, que sempre o amaram.
Como as desigualdades sociais do Brasil o preocupavam demais, ele queria fazer alguma coisa sistemática e em grande escala para transformar essa situação. Percebia que a maioria não tivera as mesmas oportunidades que ele, mas acreditava que o Brasil poderia se tornar um país justo. A mudança garantiria que esses jovens sem recursos tivessem oportunidades educacionais que lhes garantissem boa escolaridade e, depois, que lhes permitissem ser bons cidadãos e profissionais. Ele compartilhou esse sonho com Viviane em Março de 1994. Eles ficaram de conversar mais a respeito, mas nunca houve tempo para tanto.
O fim de semana do Grande Prêmio de San Marino, no final de Abril e no primeiro dia de Maio, ficou, entre eles trazendo um terrível desfecho.
Como a família estava ciente dos desejos do Ayrton, e como forma de expressar a sua gratidão aos brasileiros, por tanto amor e afeição a ele, decidiram criar o Instituto Ayrton Senna fundado em Novembro de 1994. O trabalho que desenvolve ajudou novas gerações a reescrever a história de suas vidas e a construção para elas um futuro diferente- coroado de vitórias diárias. Exatamente como Ayrton sonhara.