Sete meses depois de colocar a venda a sua sede, em Woking, por 170 milhões de Libras, a McLaren confirmou que chegou a um acordo com a empresa norte-americana Global Net Lease. O acordo vai ser concluído até junho e permite a McLaren seguir nas instalações pelos próximos 20 anos em regime de aluguel.
A McLaren confirmou o acordo para vender sua fábrica automotiva e a sede de Woking, na Inglaterra, inaugurada em 2003. Sete meses depois de colocar o empreendimento a venda, a empresa britânica anunciou que a Global Net Lease vai adquirir os imóveis e as instalações por 170 milhões de libras, ou R$ 1,3 Bilhão ( na cotação atual ). Pelo acordo, feito em regime chamado ( sale and leaseback ) a McLaren realizou a negociação, mas vai seguir ocupando os imóveis em regime de aluguel pelos próximos 20 anos. Nada que afete, no fim das contas, a operação enquanto equipe de Fórmula 1.
CEO da Global Net Lease, James Nelson comemorou o acordo: Estamos entusiasmados em anunciar que esta instalação do mais alto nível no mundo vai se tornar parte do portfólio da GNL. Os edifícios de última instalação da sede do Grupo McLaren ganharam vários prêmios, foram projetados pelo renomado arquiteto Norman Foster e são o tipo de propriedade que compõe o portfólio da GNL.
A época do anúncio de que suas instalações estavam a venda, a McLaren reforçou que a negociação tinha como principal objetivo dar um impulso financeiro ao grupo depois dos prejuízos e da demissão de funcionários em razão dos efeitos da pandemia em 2020.
A potencial venda e relocação de nossa sede global e nomeação de bancos para nos aconselhar sobre uma reestruturação de débito e aumento de capital fazem parte da estratégia de refinanciamento que anunciamos no início deste ano.
Com base nas medidas de curto prazo implementados durante o verão, as iniciativas irão gerar um balanço patrimonial mais forte e assim garantir que o Grupo McLaren tenha uma plataforma sustentável de crescimento e investimento a longo prazo.
Zak Brown, CEO da McLaren, também defendeu a venda. Somos uma equipe de automobilismo e uma empresa automotiva. E esse é o começo da jornada para começar a limpar o balanço patrimonial. Temos muito dinheiro amarrado naquele prédio, como você pode imaginar, e esse não é um uso produtivo de fundos quando se pretende investir no seu negócio.
Então, no fim das contas, vamos vendê-lo para alguém. Faremos então um arrendamento de prazo extremamente longo e vamos usar esse dinheiro para investir em nosso negócio e para nos ajudar a crescer. Portanto, é um exercício de reestruturação financeira bastante típico, destacou o executivo.